Estomatologia: O Guia Completo Sobre Doenças da Boca, Diagnóstico e Tratamentos a Laser

Índice

Dra. Valéria Mena, estomatologista com 30 anos de experiência, em seu consultório na Flori Odontologia em Perdizes, São Paulo
Estomatologista Dra. Valéria Mena
Você já notou uma mancha, ferida ou alteração na boca que não desaparece e não sabe a quem recorrer? Muitas pessoas desconhecem que existe uma especialidade odontológica dedicada exclusivamente ao diagnóstico e tratamento de doenças que afetam a cavidade bucal: a Estomatologia. Esta especialidade desempenha um papel fundamental na detecção precoce de condições graves, incluindo o câncer de boca, e pode literalmente salvar vidas quando acionada no momento certo.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 15.000 novos casos de câncer de boca por ano no Brasil. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente por um estomatologista, a taxa de cura pode chegar a 80-90%. No entanto, muitos pacientes ainda desconhecem os sinais de alerta e acabam procurando ajuda tardiamente, quando o tratamento se torna mais complexo e as chances de cura diminuem significativamente.
Infográfico mostrando as áreas da boca tratadas pelo estomatologista: lábios, língua, mucosas, gengivas e glândulas salivares
Áreas de Atuação do Estomatologista
Neste artigo completo, você vai descobrir o que é Estomatologia, quais doenças esta especialidade trata, quando você deve procurar um estomatologista e como o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença para sua saúde bucal. Continue lendo e aprenda a identificar os sinais que não devem ser ignorados.

O que é Estomatologia?

A Estomatologia é uma especialidade da Odontologia reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) desde 1992. Seu foco principal está no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças que afetam toda a cavidade bucal, incluindo boca, lábios, língua, gengivas, mucosas, glândulas salivares e ossos maxilares. Diferentemente de outras especialidades odontológicas que se concentram nos dentes, a Estomatologia abrange todo o complexo bucomaxilofacial.
O nome da especialidade vem do grego: “estomato” significa “boca” e “logia” significa “estudo”. Portanto, Estomatologia é literalmente a ciência que estuda a boca e suas doenças. O profissional especializado nesta área é chamado de estomatologista ou dentista estomatologista, e sua formação inclui graduação em Odontologia seguida de especialização específica em Estomatologia, com duração mínima de dois anos.
A importância desta especialidade vai muito além do que muitos imaginam. O estomatologista desempenha um papel crucial no diagnóstico precoce de câncer de boca, uma das condições mais graves que podem afetar a cavidade oral. Além disso, este profissional é capacitado para identificar lesões potencialmente malignas (como leucoplasia e eritroplasia), diagnosticar doenças sistêmicas que se manifestam primeiro na boca (como diabetes, HIV e doenças autoimunes) e tratar condições complexas que o dentista clínico geral não está habilitado a manejar.
Você sabia? A boca pode revelar sinais de mais de 120 doenças sistêmicas. Muitas condições que afetam o corpo inteiro apresentam seus primeiros sintomas na cavidade oral, tornando o estomatologista um profissional essencial para a saúde integral do paciente.
A Estomatologia também é fundamental no cuidado de pacientes oncológicos, que frequentemente desenvolvem complicações bucais graves durante tratamentos como quimioterapia e radioterapia. O estomatologista atua tanto na prevenção quanto no tratamento dessas complicações, melhorando significativamente a qualidade de vida desses pacientes.

Qual a Diferença Entre um Dentista e um Estomatologista?

Uma dúvida muito comum entre os pacientes é entender a diferença entre um dentista clínico geral e um estomatologista. Embora ambos sejam profissionais da Odontologia, suas áreas de atuação e especializações são distintas. Para facilitar a compreensão, podemos fazer uma analogia com a medicina: o dentista clínico geral seria como um “clínico geral” da boca, enquanto o estomatologista seria como um “especialista” que investiga e trata casos mais complexos.
Veja a tabela comparativa abaixo para entender melhor as diferenças:
Aspecto
Dentista Clínico Geral
Estomatologista
Formação
Graduação em Odontologia (5 anos)
Graduação em Odontologia + Especialização em Estomatologia (mínimo 2 anos)
Foco Principal
Saúde dentária, prevenção, restaurações, tratamentos gerais
Diagnóstico de doenças bucais complexas, lesões, manchas e tumores
Áreas de Atuação
Cáries, limpezas, restaurações, clareamento, extrações simples
Lesões bucais, manchas, feridas, tumores, biópsias, diagnóstico de câncer
Procedimentos Típicos
Obturações, profilaxia, aplicação de flúor, tratamentos estéticos básicos
Biópsias, diagnóstico diferencial de lesões, tratamento de doenças da mucosa
Quando Procurar
Rotina, prevenção, problemas dentários comuns
Sintomas suspeitos, lesões que não cicatrizam, manchas inexplicáveis, encaminhamento
O dentista clínico geral é o profissional responsável pela saúde dentária e pela prevenção de problemas bucais comuns. Ele realiza limpezas, trata cáries, faz restaurações, extrai dentes e cuida da saúde geral da boca. É o profissional que você deve visitar regularmente para check-ups e manutenção da saúde bucal.
Já o estomatologista é um especialista em diagnóstico de doenças que afetam os tecidos moles da boca (mucosas, língua, lábios) e estruturas associadas. Ele é o profissional mais capacitado para identificar lesões suspeitas, realizar biópsias, diagnosticar câncer de boca em estágios iniciais e tratar condições complexas como líquen plano oral, pênfigo, lesões pré-malignas e manifestações bucais de doenças sistêmicas.
Muitas vezes, o próprio dentista clínico geral identifica uma alteração suspeita durante uma consulta de rotina e encaminha o paciente ao estomatologista para uma avaliação mais detalhada. Essa colaboração entre profissionais é fundamental para garantir o diagnóstico correto e o tratamento adequado.
Importante: O estomatologista não substitui seu dentista regular. Ele é um especialista complementar para diagnóstico e tratamento de condições específicas. Você deve continuar com suas consultas regulares ao dentista para cuidados preventivos e tratamentos dentários.

Quais Doenças o Estomatologista Trata?

O estomatologista é capacitado para diagnosticar e tratar mais de 200 condições diferentes que afetam a cavidade bucal. Essas doenças variam desde lesões benignas e comuns até condições graves e potencialmente fatais. Conhecer as principais doenças tratadas por este especialista ajuda você a identificar quando é necessário buscar essa avaliação especializada.

Lesões Pré-Malignas e Câncer de Boca

As lesões pré-malignas são alterações nos tecidos da boca que, embora não sejam câncer, têm potencial de se transformarem em tumores malignos se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente. O estomatologista é o profissional mais capacitado para identificar essas lesões em estágios iniciais.
  • Leucoplasia: Caracteriza-se por manchas ou placas brancas que aparecem na mucosa bucal, língua ou gengivas e não podem ser removidas com raspagem. A leucoplasia está frequentemente associada ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Embora nem toda leucoplasia evolua para câncer, cerca de 3 a 5% dos casos podem sofrer transformação maligna, tornando essencial o acompanhamento com um estomatologista.
  • Eritroplasia: Manifesta-se como manchas vermelhas aveludadas na boca. Esta condição é considerada mais preocupante que a leucoplasia, pois apresenta maior potencial de malignização. Qualquer mancha vermelha persistente na boca deve ser avaliada imediatamente por um estomatologista.
  • Queilite Actínica: Afeta principalmente o lábio inferior de pessoas com exposição solar crônica, como trabalhadores rurais, pescadores e pessoas que praticam esportes ao ar livre. O lábio fica ressecado, descamativo, com áreas esbranquiçadas ou avermelhadas. É considerada uma lesão pré-maligna que pode evoluir para carcinoma de lábio se não tratada.
  • Câncer de Boca: O estomatologista é fundamental no diagnóstico precoce do câncer bucal. Quanto mais cedo o câncer é detectado, maiores são as chances de cura e menos agressivo é o tratamento necessário.

Lesões Comuns e Recorrentes

Aftas Recorrentes (Estomatite Aftosa Recorrente): Embora as aftas sejam comuns, quando ocorrem com muita frequência (mais de 3 a 4 episódios por ano) ou são muito grandes e dolorosas, podem indicar problemas subjacentes como deficiências nutricionais, doenças autoimunes ou alergias alimentares. O estomatologista investiga as causas e propõe tratamentos preventivos.
Candidose Oral (Sapinho): Infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans. Manifesta-se como placas brancas que podem ser removidas, deixando a mucosa avermelhada e dolorida. É comum em pessoas com imunidade baixa, diabéticos, usuários de próteses mal adaptadas ou após uso prolongado de antibióticos.
Herpes Labial Recorrente: Causado pelo vírus Herpes simplex, manifesta-se como vesículas (bolhas) dolorosas nos lábios. Quando os episódios são muito frequentes, o estomatologista pode indicar tratamentos supressivos.
Líquen Plano Oral: Doença inflamatória crônica que se manifesta como manchas brancas reticuladas (em forma de rede), áreas avermelhadas ou úlceras dolorosas na mucosa bucal. Pode estar associada a fatores autoimunes e requer acompanhamento especializado.

Alterações nas Glândulas Salivares

Mucocele: Bolha transparente ou azulada que surge no lábio ou na bochecha devido ao rompimento de uma glândula salivar menor. Embora seja benigna, geralmente requer remoção cirúrgica, que pode ser feita com laser para melhor resultado estético.
Rânula: Mucocele que ocorre no assoalho da boca, podendo atingir tamanhos maiores.
Xerostomia (Boca Seca): Sensação persistente de boca seca causada pela diminuição da produção de saliva. Pode ser consequência de medicamentos, radioterapia na região de cabeça e pescoço, Síndrome de Sjögren ou outras condições. O estomatologista investiga as causas e propõe tratamentos para aliviar o desconforto.
Sialolitíase: Formação de “pedras” (cálculos) nas glândulas salivares, causando dor e inchaço, especialmente durante as refeições.

Tumores Benignos

Fibroma: Nódulo de tecido fibroso que geralmente surge devido a trauma crônico (mordidas repetidas, próteses mal adaptadas). É benigno, mas pode ser removido por questões estéticas ou de conforto.
Papiloma (Verrugas Bucais): Lesões causadas pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano). Aparecem como pequenas projeções semelhantes a “couve-flor” na boca. Devem ser removidas e o material enviado para análise.
Hemangioma: Tumor benigno formado por vasos sanguíneos, que aparece como uma mancha arroxeada ou avermelhada.
Ameloblastoma: Tumor benigno, mas localmente agressivo, que afeta os ossos maxilares. Pode causar deformidades e perda dentária se não tratado adequadamente.

Manifestações Bucais de Doenças Sistêmicas

A boca frequentemente revela sinais de doenças que afetam todo o organismo. O estomatologista é treinado para identificar essas manifestações:
  • Diabetes: Pode causar candidose recorrente, doença periodontal agressiva, xerostomia e dificuldade de cicatrização.
  • HIV/AIDS: Diversas manifestações bucais podem ser os primeiros sinais da infecção, incluindo candidose, leucoplasia pilosa, sarcoma de Kaposi e doença periodontal necrosante.
  • Doenças Autoimunes: Condições como Lúpus, Pênfigo e Penfigoide podem causar lesões bolhosas e ulcerativas na boca.
  • Síndrome de Sjögren: Doença autoimune que causa ressecamento severo da boca e dos olhos.

Efeitos Colaterais de Tratamentos Oncológicos

Pacientes em tratamento contra o câncer frequentemente desenvolvem complicações bucais graves. O estomatologista é fundamental no manejo dessas condições:
  • Mucosite Oral: Feridas extremamente dolorosas que surgem na boca durante a quimioterapia ou radioterapia. A laserterapia de baixa potência, realizada pelo estomatologista, pode prevenir ou reduzir significativamente a severidade da mucosite.
  • Osteorradionecrose: Necrose (morte) do osso maxilar ou mandibular que pode ocorrer após radioterapia na região de cabeça e pescoço.
  • Xerostomia Pós-Radioterapia: Boca seca severa e permanente causada pela radiação nas glândulas salivares.
  • Osteonecrose Associada a Medicamentos: Necrose óssea que pode ocorrer em pacientes que usam medicamentos como bifosfonatos (para osteoporose) ou denosumabe (para tratamento oncológico). A avaliação odontológica prévia pelo estomatologista é fundamental para prevenir essa complicação.

Quando Você Deve Procurar um Estomatologista?

Infográfico com 10 sinais de alerta que indicam necessidade de consulta com estomatologista, incluindo feridas que não cicatrizam e manchas na boca
Saber identificar os sinais de alerta que indicam a necessidade de consultar um estomatologista pode salvar sua vida. Muitas doenças bucais graves, incluindo o câncer, são assintomáticas nos estágios iniciais, manifestando-se apenas como pequenas alterações que podem passar despercebidas. Por isso, é fundamental conhecer os sintomas que não devem ser ignorados.

A Regra dos 14 Dias (Protocolo Internacional de Segurança)

Ilustração da regra dos 14 dias: lesões na boca que não cicatrizam em 2 semanas requerem avaliação de estomatologista
Regra dos 14 dias
⚠️ REGRA CRÍTICA DOS 14 DIAS: Qualquer ferida, mancha ou lesão na boca que não cicatrize completamente em 14 dias deve ser avaliada imediatamente por um estomatologista.Este é um protocolo internacional de segurança para diagnóstico precoce de condições potencialmente graves, incluindo câncer de boca.
A Regra dos 14 Dias é amplamente reconhecida por organizações de saúde em todo o mundo. Lesões benignas comuns, como aftas ou pequenos traumas, geralmente cicatrizam em 7 a 10 dias. Quando uma lesão persiste além desse período, é um sinal de alerta que não deve ser ignorado.

10 Sinais de Alerta que Exigem Avaliação Imediata

1. Ferida ou Úlcera que Não Cicatriza

Descrição: Qualquer ferida, úlcera ou machucado na boca, língua, lábios ou gengivas que persiste por mais de duas semanas, mesmo que não seja dolorosa.
Por que é preocupante: Feridas que não cicatrizam podem ser o primeiro sinal de câncer de boca. O carcinoma espinocelular, tipo mais comum de câncer bucal, frequentemente se manifesta como uma úlcera de bordas elevadas que não sara.
O que fazer: Agende uma consulta urgente com um estomatologista. Não espere para ver se a lesão vai desaparecer sozinha. O diagnóstico precoce aumenta drasticamente as chances de cura.

2. Mancha Branca ou Vermelha na Boca

Descrição: Placas ou manchas esbranquiçadas (leucoplasia), avermelhadas (eritroplasia) ou mistas (eritroleucoplasia) que aparecem na mucosa bucal, língua, gengivas ou céu da boca.
Por que é preocupante: Estas manchas são consideradas lesões potencialmente malignas. A eritroplasia, em particular, apresenta alto risco de transformação em câncer. Estudos mostram que cerca de 50% das eritroplasias já são câncer no momento do diagnóstico ou evoluirão para câncer se não tratadas.
O que fazer: Procure um estomatologista para avaliação. Pode ser necessária uma biópsia para determinar a natureza da lesão e o melhor tratamento.

3. Nódulo ou Caroço na Boca, Língua ou Pescoço

Descrição: Qualquer aumento de volume, massa palpável, caroço ou endurecimento que você consegue sentir com a língua ou ao tocar a boca e o pescoço.
Por que é preocupante: Nódulos podem indicar tumores benignos ou malignos. Quando localizados no pescoço, podem ser linfonodos aumentados devido a um câncer que está se espalhando (metástase).
O que fazer: Consulte um estomatologista o mais rápido possível. O profissional fará um exame clínico detalhado e, se necessário, solicitará exames de imagem e biópsia.

4. Dor Persistente sem Causa Aparente

Descrição: Dor na boca, língua, garganta ou ouvido que não melhora e não tem uma causa identificável (como cárie ou infecção dentária).
Por que é preocupante: Dor persistente pode ser sintoma de lesões profundas, infecções graves ou câncer em estágios mais avançados. Alguns pacientes com câncer de boca relatam dor no ouvido (otalgia reflexa) como sintoma inicial.
O que fazer: Não ignore dores que persistem por mais de duas semanas. Procure um estomatologista para investigação diagnóstica completa.

5. Sangramento Inexplicável

Descrição: Sangramento espontâneo da boca, gengivas ou língua, ou sangramento que ocorre ao menor toque, sem trauma aparente.
Por que é preocupante: Sangramento inexplicável pode indicar lesões vasculares, tumores ou doenças sistêmicas graves. Tumores malignos frequentemente sangram facilmente devido à fragilidade dos vasos sanguíneos que os irrigam.
O que fazer: Procure avaliação urgente com um estomatologista, especialmente se o sangramento for recorrente.

6. Dificuldade para Engolir ou Mastigar

Descrição: Sensação de obstrução ao engolir (disfagia), dor ao engolir (odinofagia) ou dificuldade para mastigar alimentos.
Por que é preocupante: Estes sintomas podem indicar tumores em crescimento na boca, língua ou garganta que estão interferindo nas funções normais. Também podem ser sinais de doenças neuromusculares ou infecções graves.
O que fazer: Busque avaliação imediata. Dificuldade para engolir pode levar à desnutrição e requer investigação urgente.

7. Mudança na Voz ou Rouquidão Persistente

Descrição: Alteração na voz, rouquidão ou voz rouca que dura mais de duas semanas sem melhora.
Por que é preocupante: Embora a rouquidão possa ter causas benignas (como laringite), quando persiste pode indicar câncer de laringe ou orofaringe. O estomatologista trabalha em conjunto com otorrinolaringologistas nesses casos.
O que fazer: Procure avaliação especializada. Pode ser necessário exame da laringe (laringoscopia) além da avaliação bucal.

8. Aftas que Voltam Sempre

Descrição: Episódios recorrentes de aftas, especialmente quando ocorrem mais de 3 a 4 vezes por ano, ou quando as aftas são muito grandes (maiores que 1 cm) e extremamente dolorosas.
Por que é preocupante: Aftas recorrentes podem indicar deficiências nutricionais (ferro, vitamina B12, ácido fólico), doenças autoimunes (como doença de Behçet), alergias alimentares ou doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn).
O que fazer: Consulte um estomatologista para investigação das causas subjacentes. O tratamento adequado pode prevenir novos episódios e melhorar significativamente sua qualidade de vida.

9. Ardência ou Queimação na Boca sem Causa

Descrição: Sensação constante de queimação, ardência ou formigamento na boca, especialmente na língua, sem que haja lesões visíveis.
Por que é preocupante: Esta condição, conhecida como Síndrome da Boca Ardente, pode ter múltiplas causas: deficiências nutricionais, alterações hormonais (menopausa), diabetes, ansiedade, depressão, refluxo gastroesofágico ou neuropatias. Requer investigação detalhada para identificar a causa e propor tratamento adequado.
O que fazer: Procure um estomatologista para avaliação e diagnóstico diferencial. O tratamento depende da identificação da causa subjacente.

10. Lábios Rachados que Não Melhoram

Descrição: Ressecamento persistente, descamação, rachaduras ou crostas nos lábios que não melhoram mesmo com o uso de hidratantes labiais.
Por que é preocupante: Pode ser queilite actínica, uma lesão pré-maligna causada pela exposição solar crônica. Se não tratada, pode evoluir para carcinoma de lábio.
O que fazer: Consulte um estomatologista para avaliação. O tratamento pode incluir uso de protetor solar labial, medicamentos tópicos ou remoção cirúrgica das áreas afetadas.

Outros Motivos para Procurar um Estomatologista

Além dos sinais de alerta mencionados, você deve procurar um estomatologista se:
  • Foi encaminhado pelo seu dentista ou médico para avaliação de uma lesão suspeita
  • Tem histórico de câncer de boca e precisa de acompanhamento
  • É fumante ou ex-fumante e deseja fazer um check-up preventivo
  • Consome álcool regularmente e quer avaliar sua saúde bucal
  • Vai iniciar tratamento oncológico (quimioterapia ou radioterapia) e precisa de avaliação pré-tratamento
  • Está em tratamento oncológico e desenvolveu feridas ou complicações na boca
  • Usa medicamentos como bifosfonatos ou denosumabe e precisa fazer procedimentos dentários
  • Tem doenças autoimunes com manifestações bucais
  • Apresenta qualquer alteração na boca que causa preocupação
💡 Lembre-se: É sempre melhor procurar avaliação e descobrir que não é nada grave do que esperar e perder a oportunidade de um diagnóstico precoce. O estomatologista está preparado para tranquilizá-lo quando a lesão é benigna e para agir rapidamente quando há necessidade de tratamento.

Como é a Consulta com um Estomatologista?

Dra. Valéria Mena realizando exame clínico detalhado da cavidade oral durante consulta de estomatologia
Estomatologista Dra. Valéria Mena
Muitas pessoas sentem apreensão ao marcar uma consulta com um estomatologista, especialmente quando estão preocupadas com uma lesão na boca. Entender como funciona a consulta pode ajudar a reduzir a ansiedade e preparar você para o que esperar.

Anamnese Detalhada

A consulta começa com uma conversa detalhada entre você e o estomatologista. Este momento, chamado de anamnese, é fundamental para o diagnóstico correto. O profissional fará perguntas sobre:
Histórico médico completo: Doenças atuais e passadas, cirurgias realizadas, alergias, histórico de câncer na família.
Medicamentos em uso: Todos os medicamentos que você toma, incluindo suplementos vitamínicos e fitoterápicos, pois alguns podem causar alterações na boca ou interferir em tratamentos.
Hábitos de vida: Tabagismo (quantidade e há quanto tempo fuma), consumo de álcool, exposição solar (especialmente para quem trabalha ao ar livre), alimentação.
Sintomas atuais: Quando a lesão apareceu, se há dor, sangramento, mudanças de tamanho ou cor, se já teve lesões semelhantes antes.
Histórico odontológico: Tratamentos dentários recentes, uso de próteses, higiene bucal.
Seja honesto e detalhado em suas respostas. Informações precisas ajudam o estomatologista a fazer o diagnóstico correto e propor o melhor tratamento.

Exame Clínico Minucioso

Após a anamnese, o estomatologista realizará um exame clínico completo da cavidade bucal. Este exame é indolor e inclui:
Inspeção visual: O profissional examinará toda a cavidade oral com boa iluminação, incluindo lábios, mucosa jugal (parte interna das bochechas), gengivas, língua (dorso, laterais e parte inferior), assoalho bucal (região abaixo da língua), palato (céu da boca) e orofaringe (garganta).
Palpação: O estomatologista palpará suavemente a lesão e os tecidos ao redor para avaliar consistência, mobilidade e sensibilidade. Também examinará os linfonodos do pescoço para verificar se há aumento de volume.
Documentação fotográfica: Em muitos casos, o profissional fotografará a lesão para documentação e acompanhamento da evolução.
Uso de luz especial: Alguns estomatologistas utilizam luz fluorescente especial (como a luz de Wood) para identificar lesões que não são facilmente visíveis à luz comum.

Exames Complementares (quando necessário)

Dependendo dos achados do exame clínico, o estomatologista pode solicitar ou realizar exames complementares:
Biópsia: É o exame mais importante para diagnóstico definitivo de lesões suspeitas. Consiste na remoção de um pequeno fragmento da lesão (biópsia incisional) ou da lesão completa (biópsia excisional) para análise microscópica em laboratório de patologia. O procedimento é realizado com anestesia local e, na Flori Odontologia, pode ser feito com laser para maior conforto e recuperação mais rápida.
Citologia esfoliativa: Raspado de células da superfície da lesão para análise. É menos invasivo que a biópsia, mas também menos preciso.
Exames de imagem: Radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ser solicitadas quando há suspeita de comprometimento ósseo ou de tecidos profundos.
Exames laboratoriais: Hemograma, dosagem de vitaminas (B12, ácido fólico, ferro), glicemia, testes para doenças autoimunes, entre outros, podem ser solicitados para investigar causas sistêmicas.

Diagnóstico e Plano de Tratamento

Após o exame clínico e, se necessário, após o resultado dos exames complementares, o estomatologista explicará:
O diagnóstico: O que é a lesão, qual sua natureza (benigna, pré-maligna ou maligna).
Opções de tratamento: Quais são as alternativas de tratamento disponíveis, vantagens e desvantagens de cada uma.
Prognóstico: Qual a expectativa de evolução da condição.
Orientações e cuidados: O que você deve fazer em casa, mudanças de hábitos necessárias, cuidados pós-procedimento.
O estomatologista dedicará tempo para responder todas as suas dúvidas e garantir que você compreendeu completamente sua condição e o plano de tratamento proposto.
💡 Importante: A maioria das lesões bucais são benignas e tratáveis. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Mesmo quando o diagnóstico é de câncer, as chances de cura são muito altas quando detectado em estágios iniciais.

Quais Tratamentos o Estomatologista Realiza?

Infográfico mostrando as principais categorias de doenças tratadas pelo estomatologista, incluindo lesões pré-malignas, tumores e manifestações sistêmicas
O estomatologista está capacitado para realizar uma ampla gama de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Os tratamentos variam desde abordagens clínicas (não cirúrgicas) até procedimentos cirúrgicos, dependendo da condição diagnosticada.

Procedimentos Diagnósticos

Biópsia Incisional: Remoção de uma parte da lesão para análise. É indicada quando a lesão é muito grande ou quando o estomatologista quer confirmar o diagnóstico antes de remover completamente a lesão.
Biópsia Excisional: Remoção completa da lesão com margens de segurança. É indicada para lesões pequenas, pois permite diagnóstico e tratamento em um único procedimento.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF): Utilizada para avaliar nódulos e massas, especialmente em glândulas salivares e linfonodos. Uma agulha fina é inserida na lesão para aspirar células que serão analisadas.
Citologia Esfoliativa: Raspado superficial de células para análise. É menos invasivo, mas também menos preciso que a biópsia.

Tratamentos Cirúrgicos

Remoção de Lesões Benignas: Excisão de fibromas, papilomas, mucoceles e outros tumores benignos.
Excisão de Tumores: Remoção de tumores malignos com margens de segurança adequadas.
Frenectomia: Remoção ou reposicionamento do freio lingual (língua presa) ou freio labial. Pode ser realizada com bisturi convencional ou laser.
Remoção de Mucoceles: Excisão da mucocele e da glândula salivar afetada para prevenir recidivas.
Tratamento de Cistos: Remoção de cistos dos maxilares, como cistos radiculares, dentígeros e queratocistos.

Tratamentos com Laser (Diferencial da Flori Odontologia)

Tecnologia a Laser na Flori OdontologiaA Flori Odontologia utiliza laser de alta potência (9,0W) e laser de baixa potência (100mW) para tratamentos mais precisos, menos invasivos e com recuperação mais rápida.
O uso de laser em Estomatologia representa um avanço significativo na qualidade do tratamento oferecido aos pacientes. A Flori Odontologia investe em tecnologia de ponta para proporcionar procedimentos mais confortáveis e eficazes.
Infográfico mostrando as principais vantagens do tratamento com laser em estomatologia: menos dor, cicatrização rápida e maior precisão
Menor sangramento durante o procedimento: O laser cauteriza os vasos sanguíneos no momento do corte, proporcionando um campo cirúrgico mais limpo e melhor visualização.
Menos dor e desconforto pós-operatório: O laser causa menos trauma aos tecidos adjacentes, resultando em menos dor após o procedimento.
Cicatrização mais rápida: A energia do laser estimula a regeneração celular, acelerando o processo de cicatrização.
Menor risco de infecção: O laser tem ação bactericida, diminuindo o risco de infecções pós-operatórias.
Procedimentos mais precisos: O profissional consegue trabalhar com maior controle sobre a área tratada, preservando os tecidos saudáveis ao redor.
Muitas vezes dispensa pontos de sutura: Em muitos casos, não é necessário dar pontos, o que aumenta o conforto do paciente.

Aplicações do Laser em Estomatologia

Biópsia a Laser: Remoção de fragmento ou da lesão completa com laser, proporcionando melhor hemostasia (controle de sangramento) e conforto.
Remoção de Lesões Benignas: Excisão de fibromas, papilomas e outras lesões com laser, resultando em melhor resultado estético.
Tratamento de Aftas (Laserterapia de Baixa Potência): A laserterapia alivia a dor imediatamente e acelera a cicatrização das aftas, proporcionando grande alívio ao paciente.
Mucosite Oral (Pacientes Oncológicos): A laserterapia de baixa potência é altamente eficaz na prevenção e tratamento da mucosite oral, uma das complicações mais dolorosas da quimioterapia e radioterapia.
Frenectomia a Laser: Remoção ou reposicionamento do freio lingual ou labial com laser, procedimento rápido e com recuperação confortável.
Gengivoplastia: Remodelamento da gengiva com laser para correção estética ou funcional.

Tratamentos Clínicos (Não Cirúrgicos)

Laserterapia para Mucosite: Aplicação de laser de baixa potência para prevenir ou tratar feridas causadas por tratamentos oncológicos.
Tratamento Medicamentoso para Candidose: Prescrição de antifúngicos tópicos ou sistêmicos para tratar infecções por fungos.
Orientação Nutricional: Recomendações sobre alimentação para pacientes com deficiências nutricionais ou dificuldades de alimentação devido a lesões bucais.
Acompanhamento de Lesões: Monitoramento periódico de lesões potencialmente malignas que não requerem remoção imediata.
Protocolos Preventivos: Orientações para pacientes com fatores de risco, visando prevenir o desenvolvimento de doenças bucais.

O Papel Crucial do Estomatologista no Diagnóstico Precoce do Câncer de Boca

O câncer de boca é uma das condições mais graves que podem afetar a cavidade oral, e o estomatologista desempenha um papel absolutamente fundamental na sua detecção precoce. Compreender a importância deste profissional no combate ao câncer bucal pode salvar vidas.

A Realidade do Câncer de Boca no Brasil

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 15.000 novos casos de câncer de boca por ano no Brasil, sendo aproximadamente 11.000 em homens e 4.000 em mulheres. Esses números colocam o câncer de boca entre os tipos de câncer mais comuns no país.
A taxa de mortalidade por câncer de boca ainda é alta, principalmente porque muitos casos são diagnosticados em estágios avançados. No entanto, quando diagnosticado precocemente, a taxa de cura pode chegar a 80-90%. Quando diagnosticado em estágios avançados, a taxa de sobrevida em cinco anos cai drasticamente para cerca de 30-40%.
Esta diferença dramática nas taxas de sobrevivência ressalta a importância crítica do diagnóstico precoce, que é exatamente a especialidade do estomatologista. Este profissional é treinado para identificar alterações sutis nos tecidos bucais que podem ser os primeiros sinais de câncer, muitas vezes antes mesmo do paciente notar qualquer sintoma.

Fatores de Risco para Câncer de Boca

Conhecer os fatores de risco ajuda a identificar pessoas que devem fazer avaliações preventivas regulares com um estomatologista:
Tabagismo: É o principal fator de risco para câncer de boca. Fumantes têm risco 5 a 10 vezes maior de desenvolver câncer bucal em comparação com não fumantes. O risco aumenta com a quantidade de cigarros fumados por dia e o tempo de tabagismo.
Consumo excessivo de álcool: O álcool é outro importante fator de risco. Quando combinado com o tabagismo, o risco aumenta exponencialmente (efeito sinérgico).
Exposição solar crônica: Afeta principalmente os lábios. Trabalhadores rurais, pescadores e pessoas que praticam esportes ao ar livre têm maior risco de desenvolver câncer de lábio.
Infecção por HPV: O Papilomavírus Humano, especialmente os tipos 16 e 18, está associado ao câncer de orofaringe (amígdalas e base da língua). Este tipo de câncer tem aumentado nos últimos anos, especialmente em pessoas jovens e não fumantes.
Má higiene bucal: A presença de dentes quebrados, próteses mal adaptadas e falta de higiene adequada podem causar irritação crônica, que é um fator de risco.
Histórico familiar: Pessoas com familiares que tiveram câncer de boca têm risco aumentado.
Idade: O risco aumenta significativamente após os 40 anos, embora casos em pessoas mais jovens estejam se tornando mais comuns, especialmente os relacionados ao HPV.
Imunossupressão: Pessoas com sistema imunológico comprometido (transplantados, portadores de HIV) têm maior risco.

Sinais Precoces de Câncer de Boca

Guia passo a passo de como fazer autoexame da boca para detectar sinais precoces de câncer bucal e outras lesões
O estomatologista é treinado para identificar os sinais precoces de câncer de boca, que incluem:
  • Ferida que não cicatriza em 15 dias: Este é o sinal mais importante. Qualquer úlcera ou ferida que persiste por mais de duas semanas deve ser avaliada imediatamente.
  • Mancha branca ou vermelha: Leucoplasia (mancha branca) ou eritroplasia (mancha vermelha) que não desaparece.
  • Nódulo ou endurecimento: Qualquer massa palpável ou área endurecida na boca ou pescoço.
  • Dor persistente: Dor que não tem causa identificável e não melhora.
  • Dificuldade para mastigar ou engolir: Sensação de obstrução ou dor ao engolir.
  • Sangramento inexplicável: Sangramento espontâneo ou ao menor toque.
  • Mudança na voz: Rouquidão persistente pode indicar câncer de laringe ou orofaringe.
  • Perda de peso inexplicada: Pode ser sinal de câncer avançado.

🔴 ATENÇÃO: Autoexame da BocaRealize mensalmente um autoexame da boca em frente ao espelho com boa iluminação:

  1. Examine os lábios (parte externa e interna)
  2. Examine a gengiva e a mucosa das bochechas
  3. Examine o céu da boca
  4. Coloque a língua para fora e examine o dorso, laterais e parte inferior
  5. Examine o assoalho bucal (região abaixo da língua)
  6. Palpe o pescoço procurando por caroços

Se notar qualquer alteração, procure um estomatologista imediatamente.

Como o Estomatologista Diagnostica o Câncer de Boca

O diagnóstico de câncer de boca é feito através de um processo sistemático:
Exame clínico detalhado: O estomatologista examina toda a cavidade oral, incluindo áreas de difícil visualização. A experiência do profissional é fundamental para identificar lesões suspeitas.
Biópsia: É o padrão-ouro para diagnóstico de câncer. O estomatologista remove um fragmento da lesão suspeita e envia para análise histopatológica em laboratório especializado. O resultado da biópsia confirma ou descarta o diagnóstico de câncer e identifica o tipo histológico do tumor.
Exames de imagem: Quando o diagnóstico de câncer é confirmado, exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET-CT são solicitados para avaliar a extensão do tumor (estadiamento).
Encaminhamento para tratamento oncológico: Após o diagnóstico e estadiamento, o estomatologista encaminha o paciente para tratamento com equipe oncológica especializada (cirurgiões de cabeça e pescoço, oncologistas clínicos, radioterapeutas).

Mensagem de Esperança

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce salva vidas. Quando o câncer de boca é detectado em estágios iniciais, o tratamento é mais eficaz, menos agressivo e as chances de cura são excelentes. Muitos pacientes diagnosticados precocemente são tratados com cirurgias menores, preservando a função e a estética, e retornam a uma vida normal.
O estomatologista é seu aliado na prevenção e detecção precoce do câncer de boca. Se você tem fatores de risco (tabagismo, consumo de álcool, exposição solar), considere fazer avaliações preventivas regulares, mesmo sem sintomas.

Estomatologia e Oncologia: Cuidados Bucais Durante o Tratamento do Câncer

Pacientes em tratamento oncológico, seja quimioterapia ou radioterapia, frequentemente desenvolvem complicações bucais graves que podem comprometer significativamente sua qualidade de vida e, em alguns casos, até interromper o tratamento do câncer. O estomatologista desempenha papel fundamental na prevenção e tratamento dessas complicações.

Avaliação Pré-Tratamento Oncológico

Antes de iniciar quimioterapia ou radioterapia, é essencial que o paciente oncológico seja avaliado por um estomatologista. Esta avaliação pré-tratamento inclui:
  • Exame bucal completo: Identificação de focos infecciosos (cáries, doenças periodontais, dentes quebrados, abscessos).
  • Tratamento de problemas existentes: Resolução de todos os problemas dentários e periodontais antes do início do tratamento oncológico. Isso é crucial porque o tratamento do câncer pode comprometer a imunidade e a capacidade de cicatrização, tornando infecções bucais muito mais graves.
  • Orientações preventivas: Instruções sobre higiene bucal rigorosa, uso de produtos específicos (como enxaguantes sem álcool), cuidados com a alimentação e hidratação.
  • Planejamento de laserterapia preventiva: Para pacientes que farão radioterapia na região de cabeça e pescoço ou quimioterapia de alto risco para mucosite, a laserterapia preventiva pode ser planejada.
Estudos mostram que pacientes que recebem avaliação e tratamento odontológico pré-oncológico têm redução significativa na incidência e gravidade de complicações bucais, além de menor risco de interrupção do tratamento oncológico devido a problemas bucais.

Complicações Bucais Comuns em Pacientes Oncológicos

Mucosite Oral: É a complicação mais comum e uma das mais dolorosas. Manifesta-se como feridas e ulcerações na mucosa bucal, língua e garganta. A mucosite ocorre porque a quimioterapia e a radioterapia afetam as células de rápida divisão, incluindo as células da mucosa bucal. A mucosite severa pode impedir o paciente de comer, beber e até falar, levando à desnutrição, desidratação e necessidade de hospitalização.
Xerostomia (Boca Seca): A radioterapia na região de cabeça e pescoço pode danificar permanentemente as glândulas salivares, causando boca seca severa. A saliva é essencial para proteção dos dentes, digestão inicial dos alimentos e conforto bucal. A xerostomia aumenta drasticamente o risco de cáries (cárie de radiação), infecções fúngicas e dificuldade para engolir.
Candidose Oral: Infecção fúngica muito comum em pacientes oncológicos devido à imunossupressão causada pela quimioterapia. Manifesta-se como placas brancas na boca que podem ser dolorosas.
Osteorradionecrose: É a complicação mais grave da radioterapia na região de cabeça e pescoço. Consiste na necrose (morte) do osso maxilar ou mandibular devido à radiação. Pode ocorrer espontaneamente ou após procedimentos dentários (como extrações). É uma condição de difícil tratamento e pode causar dor intensa, infecções e fraturas ósseas.
Osteonecrose Associada a Medicamentos: Pacientes oncológicos que usam medicamentos como bifosfonatos (para metástases ósseas) ou denosumabe têm risco de desenvolver necrose óssea nos maxilares, especialmente após procedimentos dentários invasivos. A avaliação odontológica prévia é fundamental para prevenir essa complicação.
Disgeusia: Alteração no paladar, que pode tornar a alimentação desagradável e contribuir para a perda de peso.
Trismo: Dificuldade para abrir a boca devido à fibrose dos músculos da mastigação após radioterapia.

Tratamento com Laserterapia (Diferencial da Flori Odontologia)

A laserterapia de baixa potência (também chamada de fotobiomodulação) é considerada o tratamento mais eficaz para prevenção e tratamento da mucosite oral. Estudos científicos robustos demonstram que a laserterapia:
  • Previne ou reduz a severidade da mucosite em até 60-70%
  • Reduz a dor significativamente, muitas vezes eliminando a necessidade de analgésicos opioides
  • Acelera a cicatrização das feridas existentes
  • Melhora a qualidade de vida do paciente durante o tratamento oncológico
  • Reduz o risco de interrupção do tratamento oncológico devido a complicações bucais
O protocolo de laserterapia geralmente envolve aplicações diárias ou em dias alternados durante todo o período do tratamento oncológico. O procedimento é indolor, rápido (cerca de 10-15 minutos) e não tem efeitos colaterais.
💙 Cuidado Integral ao Paciente Oncológico. Na Flori Odontologia, a Dra. Valéria Mena possui pós-graduação em Estomatologia e Oncologia pela UNICAMP e mais de 30 anos de experiência no cuidado de pacientes em tratamento oncológico. A clínica está equipada com laser de baixa potência para laserterapia preventiva e terapêutica da mucosite oral.

Acompanhamento Durante e Após o Tratamento Oncológico

O estomatologista deve acompanhar o paciente oncológico durante todo o tratamento e após sua conclusão:
Durante o tratamento: Avaliações regulares para identificar precocemente complicações, realizar laserterapia, tratar infecções e orientar cuidados.
Após o tratamento: Acompanhamento a longo prazo para monitorar sequelas (como xerostomia), prevenir cáries de radiação, tratar osteorradionecrose se ocorrer, e fazer vigilância para detecção precoce de recidivas ou novos tumores.

Estomatologia na Flori Odontologia: Experiência e Tecnologia a Seu Favor

Recepção Flori Odontologia e Estomatologia
Quando se trata de saúde bucal, especialmente no diagnóstico e tratamento de doenças complexas, escolher o profissional e a clínica certos pode fazer toda a diferença no resultado do seu tratamento. A Flori Odontologia se destaca pela combinação de experiência profissional, tecnologia de ponta e atendimento humanizado.

Nossa Especialista

Dra. Valéria Mena, estomatologista com pós-graduação pela UNICAMP e anos de experiência em diagnóstico e tratamento de doenças bucais
Dra. Valéria Mena Estomatologista com mais de 30 anos de experiência
  • Graduada em Odontologia pela Universidade Cidade de São Paulo
  • Pós-graduação em Estomatologia e Oncologia pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), uma das instituições de ensino e pesquisa mais renomadas do Brasil
  • Curso de extensão em Câncer de Boca pela UNICAMP
  • Capacitada em Laser de Alta e Baixa Potência para procedimentos cirúrgicos e laserterapia
  • Mais de 30 anos de experiência dedicados ao diagnóstico e tratamento de doenças bucais
  • Centenas de casos diagnosticados e tratados ao longo de sua carreira
  • Atuação especial no cuidado de pacientes oncológicos
A experiência da Dra. Valéria é um diferencial fundamental. Ao longo de três décadas de prática clínica, ela desenvolveu um olhar clínico aguçado para identificar lesões suspeitas em estágios muito iniciais, quando as chances de cura são máximas. Sua especialização em Oncologia pela UNICAMP a torna especialmente qualificada para o cuidado de pacientes em tratamento contra o câncer.

Nossos Diferenciais

1. Experiência Comprovada

Com mais de três décadas de atuação em Estomatologia, a Dra. Valéria Mena acumulou vasta experiência no diagnóstico e tratamento das mais diversas condições bucais. Essa experiência se traduz em:
  • Diagnósticos mais precisos e rápidos
  • Identificação de lesões em estágios muito iniciais
  • Conhecimento profundo sobre a evolução de diferentes doenças bucais
  • Capacidade de lidar com casos complexos e raros
  • Tranquilidade e segurança transmitidas ao paciente

2. Tecnologia de Ponta

A Flori Odontologia investe continuamente em tecnologia para oferecer os tratamentos mais modernos e eficazes:
  • Laser de Alta Potência (9,0W): Utilizado para procedimentos cirúrgicos, incluindo biópsias, remoção de lesões e pequenas cirurgias. Proporciona menor sangramento, menos dor pós-operatória, cicatrização mais rápida e menor risco de infecção.
  • Laser de Baixa Potência (100mW): Utilizado para laserterapia, especialmente eficaz no tratamento e prevenção de mucosite oral em pacientes oncológicos, tratamento de aftas, redução de dor e aceleração de cicatrização.
  • Biópsias Minimamente Invasivas: Com o uso do laser, as biópsias são realizadas de forma mais precisa e confortável, com recuperação mais rápida.
  • Documentação Digital: Fotografias de alta qualidade para documentação e acompanhamento da evolução das lesões.

3. Atendimento Próximo

Sabemos que procurar um estomatologista pode gerar ansiedade e preocupação. Por isso, priorizamos um atendimento acolhedor e empático:
Ambiente confortável e moderno: A clínica foi projetada para proporcionar conforto e tranquilidade aos pacientes.
Atendimento personalizado: Cada paciente é único e recebe atenção individualizada, com tempo adequado para consulta e esclarecimento de dúvidas.
Explicações claras: A Dra. Valéria dedica tempo para explicar o diagnóstico, as opções de tratamento e o prognóstico de forma clara e compreensível, sem jargões médicos excessivos.
Acompanhamento próximo: O paciente não é apenas um número. Mantemos acompanhamento próximo durante todo o tratamento e após sua conclusão.
Respeito e empatia: Entendemos que questões de saúde bucal podem ser delicadas e tratamos cada paciente com o respeito e a empatia que merece.

4. Localização Privilegiada

A Flori Odontologia está localizada em Perdizes, São Paulo, um dos bairros mais tradicionais e bem localizados da cidade:
Endereço: Rua Cayowaá, 759 – Perdizes, São Paulo – SP, 05018-001
Fácil acesso: Próximo aos bairros de Higienópolis, Pompéia e Barra Funda, com fácil acesso por transporte público e particular.
Estacionamento: No local e com opções nos arredores.

Quando Agendar Sua Consulta

Não espere os sintomas se agravarem. Se você identificou qualquer um dos sinais de alerta mencionados neste artigo, ou se simplesmente deseja fazer uma avaliação preventiva, agende sua consulta com a Dra. Valéria Mena.
Situações em que você deve agendar:
  • Ferida ou lesão na boca que não cicatriza em 14 dias
  • Mancha branca, vermelha ou de qualquer cor que surgiu na boca
  • Nódulo, caroço ou endurecimento na boca ou pescoço
  • Aftas que voltam sempre
  • Ardência ou queimação na boca sem causa aparente
  • Lábios rachados que não melhoram
  • Encaminhamento do seu dentista ou médico
  • Você é fumante ou ex-fumante e quer fazer um check-up preventivo
  • Vai iniciar tratamento oncológico e precisa de avaliação pré-tratamento
  • Está em tratamento oncológico e desenvolveu complicações bucais
  • Qualquer alteração na boca que causa preocupação

Perguntas Frequentes Sobre Estomatologia

Preciso de encaminhamento do dentista para consultar um estomatologista?

Não necessariamente. Embora muitos pacientes sejam encaminhados por seus dentistas, você pode agendar uma consulta diretamente com um estomatologista se notar qualquer alteração preocupante na boca. Se você tem um dentista de confiança, é sempre bom informá-lo sobre sua consulta com o especialista para que ele possa acompanhar seu caso de forma integrada.

A consulta com estomatologista dói?

O exame clínico em si não causa dor, é apenas uma inspeção visual e palpação suave dos tecidos bucais. Se for necessária uma biópsia, o procedimento é realizado com anestesia local, minimizando qualquer desconforto. Na Flori Odontologia, utilizamos laser para procedimentos ainda mais confortáveis, com menos dor pós-operatória e recuperação mais rápida.

Quanto tempo demora uma consulta com estomatologista?

A primeira consulta geralmente dura entre 40 a 60 minutos, pois inclui anamnese detalhada (conversa sobre seu histórico médico e sintomas), exame clínico completo de toda a cavidade oral e discussão do diagnóstico e plano de tratamento. Consultas de retorno podem ser mais breves, dependendo do motivo da visita.

O estomatologista substitui meu dentista?

Não. O estomatologista é um especialista complementar, não um substituto. Você deve continuar com suas consultas regulares ao dentista para cuidados preventivos (limpezas, aplicação de flúor) e tratamentos dentários (obturações, tratamentos de canal, próteses). O estomatologista foca especificamente em diagnóstico e tratamento de doenças que afetam os tecidos moles da boca e estruturas associadas.

Quando sai o resultado da biópsia?

O resultado da biópsia geralmente fica pronto entre 3 a 5 dias úteis, dependendo do laboratório de patologia e da complexidade do caso. Alguns exames mais específicos podem demorar um pouco mais. A Dra. Valéria agenda um retorno para explicar detalhadamente os resultados e discutir o tratamento, se necessário. É importante que você compareça a essa consulta de retorno, pois o resultado da biópsia é fundamental para definir o diagnóstico correto e o plano de tratamento.

O plano de saúde cobre consulta com estomatologista?

Depende do seu plano odontológico. Muitos planos cobrem consultas com especialistas, incluindo estomatologistas, mas é importante verificar diretamente com sua operadora quais são as coberturas e procedimentos incluídos no seu plano. A Flori Odontologia também atende particulares e oferece facilidades de pagamento. Entre em contato conosco para mais informações sobre valores e formas de pagamento.

Estomatologia é o mesmo que Patologia Bucal?

São especialidades relacionadas, mas diferentes. A Estomatologia foca no diagnóstico clínico (exame do paciente) e tratamento de doenças bucais. O estomatologista examina o paciente, identifica lesões, realiza biópsias e trata as condições diagnosticadas. Já a Patologia Bucal é a especialidade que analisa as biópsias em laboratório. O patologista bucal é o profissional que examina o material da biópsia ao microscópio e emite o laudo histopatológico. Portanto, o estomatologista e o patologista bucal trabalham em conjunto: o estomatologista coleta a biópsia e o patologista analisa o material.

Posso fazer biópsia a laser? Quais as vantagens?

Sim! Na Flori Odontologia, realizamos biópsias com laser de alta potência. As vantagens em relação ao bisturi convencional incluem:
  • Menor sangramento durante o procedimento, proporcionando melhor visualização
  • Menos dor pós-operatória
  • Cicatrização mais rápida
  • Menor risco de infecção devido à ação bactericida do laser
  • Maior precisão no procedimento
  • Em muitos casos, dispensa pontos de sutura
  • Melhor resultado estético

Crianças podem consultar um estomatologista?

Sim. Embora seja mais comum em adultos, crianças também podem desenvolver lesões bucais que requerem avaliação especializada. Algumas condições que podem afetar crianças incluem mucoceles (bolhas no lábio), lesões traumáticas, candidose oral, herpes, manifestações bucais de doenças sistêmicas e, raramente, tumores benignos ou malignos. Se você notar qualquer alteração na boca do seu filho que não desaparece em poucos dias, procure avaliação de um estomatologista.

Com que frequência devo fazer consultas preventivas com estomatologista?

Se você não tem sintomas e não apresenta fatores de risco, não há necessidade de consultas regulares com estomatologista. Continue com suas consultas preventivas regulares com seu dentista. No entanto, se você tem fatores de risco (tabagismo, consumo excessivo de álcool, histórico de lesões pré-malignas, histórico de câncer de boca, tratamento oncológico prévio, exposição solar crônica), o estomatologista pode recomendar acompanhamento periódico (geralmente a cada 6 meses ou anualmente) para vigilância e detecção precoce de possíveis lesões.

Não Ignore os Sinais: Sua Saúde Bucal Merece Atenção Especializada

A Estomatologia é uma especialidade fundamental para o diagnóstico precoce e tratamento de doenças bucais, incluindo o câncer de boca. Conhecer os sinais de alerta e saber quando procurar um estomatologista pode literalmente salvar vidas. O diagnóstico precoce não apenas aumenta drasticamente as chances de cura, mas também torna o tratamento mais simples, menos invasivo e com melhor preservação da função e estética.
Se você identificou algum dos sintomas mencionados neste artigo, não espere. A Regra dos 14 Dias é clara: qualquer lesão que não cicatrize em duas semanas merece avaliação especializada. Não subestime alterações na boca, mesmo que sejam pequenas ou indolores. Muitas doenças graves, incluindo o câncer, são assintomáticas nos estágios iniciais.
Na Flori Odontologia, você encontra uma equipe experiente, liderada pela Dra. Valéria Mena, com mais de 30 anos de dedicação à Estomatologia e Oncologia. Utilizamos tecnologia de ponta, incluindo laser de alta e baixa potência, para oferecer diagnósticos precisos e tratamentos mais confortáveis e eficazes. Nosso compromisso é com sua saúde e bem-estar, oferecendo atendimento humanizado em um ambiente acolhedor.
Sua saúde bucal é um reflexo da sua saúde geral e merece atenção especializada. Não deixe para depois. Agende sua avaliação hoje mesmo e tenha a tranquilidade de estar em mãos especializadas e experientes.
📅 Agende Sua Avaliação com Estomatologista
Clínica localizada em Perdizes, São Paulo Rua Cayowaá, 759 – Perdizes, São Paulo – SP.
Atendimento próximo e tecnologia de ponta com mais de 30 anos de experiência em Estomatologia.
📱 WhatsApp: (11) 98773-2576

Estomatologista experiente para atender os casos mais complexos

Expertise sólida, construída sobre uma base acadêmica de alto nível.

A Dra. Valéria Mena é Graduada em Odontologia pela Universidade Cidade de São Paulo e possui mais de 30 anos de experiência na área. Fez pós-graduação em Estomatologia e Oncologia e conta com curso de extensão em Câncer de Boca pela UNICAMP. Foi Docente de Semiologia e Patologia Bucal na Universidade São Francisco e conta com Habilitação para Laserterapia e Laser de Alta Potência.

Estomatologista experiente para atender os casos mais complexos

Expertise sólida, construída sobre uma base acadêmica de alto nível.

A Dra. Valéria Mena é Graduada em Odontologia pela Universidade Cidade de São Paulo e possui mais de 30 anos de experiência na área. Fez pós-graduação em Estomatologia e Oncologia e conta com curso de extensão em Câncer de Boca pela UNICAMP. Foi Docente de Semiologia e Patologia Bucal na Universidade São Francisco e conta com Habilitação para Laserterapia e Laser de Alta Potência.

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Referências

Artigo escrito pela equipe da Flori Odontologia. Revisado pela Dra. Valéria Mena, Estomatologista com Pós-graduação em Estomatologia e Oncologia pela UNICAMP.

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